É
comum nos mortais, mais do que era suposto, permitirem que o fogo se apague sem
que o carvão desapareça. Qualquer coisa que faça chama não desapareçe com o
esquecimento, é preciso mais que isso, é preciso um copo. O copo é essencial.
Sirva ele para apagar o lume, ou reacende-lo, no caso do copo virar copos. Mas
secalhar já chega de metáforas. Há dias para cá tenho-me sentido novamente ‘em
brasa’. A razão não existe - talvez seja uma fase – diriam a maior parte das pessoas.
Até pode ser do vento românico que levantou o brando lume. Agora pensando
melhor, tenho a certeza que foi isso. O néctar que devia ser divino, os nobres
conselhos, prósperos numa incalculável sabedoria, levaram-me a pensar ‘Porque
não eu?’ (…)‘Será demais?’. A atitude vale por as palavras - embora as atitudes
precisem, por vezes, das melhores palavras – por isso é sempre tarde, mas nunca
tarde demais, para nos agarrarmos ao que nos faz viver verdadeiramente. Em
jeito de conclusão, O Copo Tem De Ser Sempre Tomado e, se puderem, lavem a cara
com um vento românico, porque a culpa é dele!